Carmem Teresa Manfredini, irmã de
Renato Russo, em entrevista ao Correio braziliense. critica a atuação do ator
Wagner Moura no
"Tributo à Legião Urbana”, realizado pela MTV.
“Há atores que cantam muito bem, e cantores que atuam muito bem. O que faltou foi discernimento para saber o que é bom e o que é ruim. Se o Wagner (Moura) não tem um bom ouvido musical, os dois artistas da banda deveriam tê-lo orientado”, criticou a musicista. A cantora, falando em nome da família, reprovou veementemente aquilo que era para ser uma homenagem; mas, em suas palavras, foi
“constrangedor”,
“desrespeitoso” e
“frustrante”.
Carmem considera que cantar as músicas de Renato é difícil até para um profissional.
“Faltou afinação, ensaio, a assessoria de um professor”, lamenta.
“Tem que ter cuidado com essa obra. Não é assim que se faz, não é qualquer pessoa que canta essas músicas. Renato tinha uma extensão vocal incrível”, enfatiza. “Eu gostaria que a homenagem tivesse sido mais bemfeita.”
Para a família, o tributo deveria contar com diversos convidados, incluindo ex-legionários (como o ex-baixista Renato Rocha) e músicos de apoio. Mas a MTV não acatou a decisão e resolveu investir no formato “trio”, tal qual era a banda.
“Só ficamos sabendo há dois meses, mas já estavam planejando desde o ano passado”, reclamou Carmem.
“É muito duro a família ter que ouvir do representante do Dado e do Bonfá que não temos poder de decisão por não sermos artistas.”
O único ponto forte destacado foi a participação do público, que cantou em uníssono todas as faixas.
“Eles amam a Legião, amam Renato Russo, e estão carentes de coisas boas”, considera Carmem.
“A força da Legião era o meu pai e seus fãs. O que eu vi no programa, da parte do público, foi muito lindo”, completou Giuliano Manfredini, filho de Russo.
Fonte: Correiobraziliense
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