O frontman do
Slipknot e do
Stone Sour,
Corey Taylor, acredita que o Metal é o único gênero no qual os músicos estão sempre tentando se superar – e isso é uma das coisas que fazem do gênero uma forma única de arte.
Seus comentários foram lançados em uma discussão do jornal ‘The Guardian’ sobre porque o rock e o metal são quase que completamente ignorados pela grande mídia, apesar de um forte segmento de fãs e vendas consideráveis.
Taylor argumenta que se a imprensa for ignorar os bons pontos do gênero, ela não deveria ficar só ressaltando os maus.
Diz ele:
“O que me emputece é que só falam sobre metal desse modo ‘o Metal vai matar seus filhos’. Seria melhor se nem falassem da gente.”
“É o último espírito rebelde na música. É a voz dos desgarrados. É por isso que apela a tantas pessoas quando elas são mais jovens e ainda apela quando essas pessoas têm 40 anos de idade, não querem crescer.”
“A próxima geração sempre está tentando superar a anterior, ir mais longe, tentando achar aquele frenesi que não foi causado ainda. O Black Sabbath, depois o Metallica, depois Marilyn Manson e depois nós. Há essa necessidade de se subir de patamar – eu não vejo isso em nenhum outro gênero.”
O editor do departamento de críticas do The Guardian, Alexis Petridis diz que não escreve sobre metal porque
“Eu não insultaria aos artistas envolvidos. Se eu não entendo da música, não há por que escrever sobre ela. Ela nunca apelou a mim quando eu era criança. Talvez eu não fosse raivoso o suficiente. Eu tentei apreciar ‘Reign In Blood’ do Slayer como uma obra de música extrema. Eu tentei ouvir Black Metal Norueguês como um gênero vanguardista de arte, e não rola pra mim. Eu acho que de fato, é melhor pro metal existir fora desse meio. Se você recebe o respeito do Hall Of Fame, e se isso é mainstream, isso não significaria que o metal não teria contra o que lutar?”
Mas Petridis ressalta:
“O legal sobre os fãs de Metal é que eles são incrivelmente leais. Em qualquer outro gênero – hip hop, alt-rock – as coisas se mexem depressa. Os artistas gravam um ou dois discos, e daí desaparecem. As bandas de metal podem se desenvolver. Uma banda pode tocar em Wembley arena pela primeira vez e estar no sexto disco, o que não aconteceria em nenhum outro gênero. É o único gênero do qual me lembro onde bandas podem passar por imensas mudanças na formação que matariam uma banda mainstream sem deixar vestígios.”
Taylor reforça o quanto a comunidade pode ser acolhedora.
“O exemplo perfeito disso: nós sabíamos que Rob Halford era gay fazia anos. Daí ele se assume e as pessoas pensam, ’Claro’. Os estereótipos são ridículos – eis um cara que se assume gay e a banda dele fica maior do que jamais fora.”
“Eu não sei se o Metal precisa de mais atenção, mas precisa de mais respeito. O Rock And Roll Hall Of Fame é uma piada: Madonna entra antes do Rush e do Kiss. Eu diria que estamos pouco no fodendo para aceitação. Eu só quero respeito pelas bandas que abriram o caminho.”
Fonte: PlayaDelNacho
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